CONTATO
Bar Luiz, Rio de Janeiro
Bar Luiz
Fundado no tempo do Segundo Império por Jacob Wendling, o Bar Luiz chamava-se
originalmente Zum Schlauch ("A Mangueira" ou "A
Serpentina" em alemão), uma
referência ao fato de ali vender-se chope que circulava dentro de uma serpentina
imersa no gelo, antes de servido.
Embora continuasse na
mesma rua, em 1901, o bar mudou
de endereço e nome, passando para o atual número e a chamar-se Zum Alten Jacob ("Ao Velho Jacob"), uma
homenagem ao velho Jacob o fundador de origem judaica mas que já estava
retirando-se dos negócios e havia passado a direção do bar para seu afilhado,
Adolf Rumjaneck.
Em 1908, o fundador parte para a Suíça e Adolf assume a direção do
estabelecimento. Por essa época, circulam por suas mesas celebridades da época,
como os escritores João do Rio e Olavo Bilac.
Em 1915, uma lei de valorização da língua portuguesa obriga a nova mudança no nome do Bar,
que passa a se chamar Bar Adolph (embora fosse popularmente conhecido
como "Braço de Ferro", em virtude do hábito do proprietário de
disputar partidas deste "esporte" com seus clientes).
Adolf, com problemas
de saúde, convida o austríaco Ludwig Vöit para sócio. Em 1926,
com a morte de Adolf, Ludwig assume a direção do Bar e também a tutela da filha
de Adolf, Gertrud Rumjaneck.
Com o advento da Segunda Guerra Mundial e dos movimentos anti-fascistas no Brasil, o Bar, então localizado na Rua da Carioca e onde encontra-se até hoje, esteve
ameaçado de ser destruído por estudantes do Colégio
Pedro II, que imaginavam que o nome do estabelecimento era uma homenagem a Adolf Hitler. Tal não se deu por
interferência do músico Ary
Barrosoque desfez o mal-entendido. Todavia, por conta do episódio, Ludwig
naturalizou-se brasileiro e adotou o nome de Luiz, pelo qual o Bar passou a ser
conhecido daí por diante.
Em 1955, Luiz Vöit afasta-se da direção
do estabelecimento, que é assumida pela herdeira de Adolph, Gertrud, e o marido
dela, Alfons Kurowsky. Com a morte de Alfons, a viúva e seu filho, Bruno
Kurowsky, passam a dirigir o estabelecimento. A clientela, na década de 1960, incluía personalidades
da cultura carioca (e nacional) como Ziraldo, Jaguar e Sérgio
Cabral (pai).
Em agosto de 1985, a Rua da Carioca e adjacências
foram tombadas pelo Patrimônio Histórico Municipal, o que salvou o Bar Luiz da
ameaça de demolição provocada pelas obras do metrô.
Na década de 1990, após o falecimento de Gertrud e Bruno Kurowsky, a esposa
deste, Rosana Santos, assumiu a administração daquele que é conhecido como
"o bar mais carioca do Rio de Janeiro" e "o melhor chope do Rio
de Janeiro".
Em dezembro de 2011 o
prefeito Eduardo Paes assinou o Decreto de Cadastro dos Bares Tradicionais,
conferindo a onze botequins, dentre eles o Bar Luiz, o status de Patrimônio
Cultural da Cidade.
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